Matriz : sistemas de informação para o património

O MATRIZ é constituído por uma gama de sistemas de informação para o inventário, gestão e divulgação on-line de património, concebidos pela Direção-Geral do Património Cultural.

 

A longevidade do MATRIZ exprime uma aposta contínua na inovação e na procura da excelência em matéria de desenvolvimento de ferramentas para a gestão do património, valores já patentes no conceito da primeira versão do sistema implementado em 1994 para o universo dos Museus do então Instituto Português de Museus.

 

De entre este conjunto de ferramentas desenvolvidas desde 2008 destaca-se o Matriz 3.0. Este consiste no software de referência nacional para o inventário, gestão e divulgação on-line integrados de Património Cultural (móvel, imóvel e imaterial) e Natural. Este sistema é complementado pelo MatrizWeb, interface para publicação na internet dos conteúdos inventariados e geridos no Matriz 3.0.

 

O MatrizNet constitui uma versão MatrizWeb específica da DGPC, a partir da qual é disponibilizado na internet o catálogo coletivo on-line de 34 museus que integram a Rede Portuguesa de Museus, com conteúdos em permanente atualização desde 2002.

 

Igualmente utilizando o Matriz 3.0 | MatrizWeb, o MatrizPCI constitui o sistema de informação de suporte ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial, para cumprimento da obrigação do Estado Português expressa no Artigo 12.º da Convenção para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial (UNESCO, 2003). Simultaneamente constitui-se como o recurso Web de referência para o PCI em Língua Portuguesa.

O MatrizPix constitui um sistema de informação específico para inventário, gestão e publicação na internet de coleções fotográficas. Este banco de imagens da DGPC encontra-se disponível desde 2008, permitindo igualmente a encomenda on-line de imagens.



Matriz 3.0 : ferramenta para a qualificação do setor do património
Disponível ao público a partir de 2011, o Matriz 3.0 constitui o software de referência da DGPC para inventário, gestão e divulgação on-line de Património Cultural (móvel, imóvel e imaterial) e Natural.

A atualização do Matriz resulta do empenho no sentido da sua utilização por parte de um leque alargado de entidades responsáveis pelo inventário, gestão e valorização de bens patrimoniais.

 

Entre as entidades destinatárias deste esforço incluem-se, em primeiro e mais evidente lugar, os Museus da Rede Portuguesa de Museus, entre os quais os próprios Museus tutelados pela DGPC. Mas também inúmeras outras entidades, públicas ou privadas, detentoras de acervos patrimoniais ou responsáveis pela sua salvaguarda: Associações de Proteção do Património, Colecionadores particulares, Direções Regionais de Cultura, Empresas, Igrejas, Laboratórios do Estado, Misericórdias, Municípios, Unidades de Ensino e Unidades de Investigação.

O empenho colocado pela DGPC na renovação e ampliação da gama MATRIZ assume-se como de importância estratégica para a instituição de padrões de acrescida qualidade nos procedimentos de salvaguarda e valorização do património por parte de inúmeras entidades com atuação neste setor.

O MATRIZ assume-se também como de importância estratégica para a cooperação internacional de Portugal na área da cultura, pois pode ser facilmente customizado para se adequar às especificidades terminológicas do setor noutros países de Língua Portuguesa. De igual modo, a sua estrutura de dados permite a customização do Matriz 3.0 para utilização noutros idiomas para além do Português.



Matriz 3.0 : ferramenta integrada para a gestão do património
O Matriz 3.0 resulta da revisão de paradigma na gestão do património verificada nos últimos anos, quer a nível nacional, quer internacional, com expressão em desenvolvimentos de caráter técnico e tecnológico, programático e, inclusive, jurídico e normativo. Dando expressão a tais desenvolvimentos, devem assim ser destacadas as seguintes funcionalidades do Matriz 3.0:

O Matriz 3.0 resulta de uma revisão de paradigma na gestão do património, que decorre de novos contextos técnicos, programáticos e, inclusive, jurídicos, e que se exprime na ampliação radical das suas funcionalidades relativamente à versão 2.0. Destas deverão ser destacadas:

• A sua utilização para inventário, gestão, divulgação em linha das seguintes tipologias de bens patrimoniais:

  • Património Cultural

    • Móvel

    • Imóvel

    • Imaterial

  • Património Natural

• A utilização de funcionalidades ajustadas à especificidade de bens móveis enquadrados por diferentes áreas disciplinares (Arqueologia, Arte, Ciência e Técnica, Etnologia e História Natural), bem como de funcionalidades ajustadas aos diversos tipos de registos de caráter documental (registos fotográficos, fílmicos e sonoros; desenho, cartografia, fontes orais e fontes escritas).

   

• A gestão integrada, intuitiva e otimizada da informação relativa a todas as tipologias de bens patrimoniais, incluindo a automatização de determinados procedimentos, possíveis graças à utilização das tecnologias mais recentes e sofisticadas disponíveis no mercado.

   

• A realização de procedimentos específicos para a gestão do património móvel (incorporação, depósito, cedência temporária), ou extensivos também à gestão de património imóvel e natural (conservação) e imaterial (gestão de plano de salvaguarda).

   

• A sua conformidade com a Norma ISO 21127:2006 (Informação e Documentação), ontologia de referência internacional desde 2006 para a estruturação, gestão e interoperabilidade de informação relativa a bens patrimoniais.

   

• A gestão de direitos (individuais e coletivos) e obrigações inerentes à titularidade e/ou atuação sobre todas as tipologias de bens patrimoniais.

   

• A publicação automática de conteúdos na internet, relativos não apenas às diversas tipologias de bens patrimoniais propriamente ditos, mas também de informação relativa às entidades e aos eventos indispensáveis para à compreensão daqueles bens. 

   

• A sua utilização por todos os setores de atividade patrimonial para além dos do inventário, gestão e conservação e restauro: a) serviços educativos; b) serviços de documentação (arquivo, biblioteca, centro de documentação); c) serviços administrativos.

• A sua utilização apoiada por instrumentos de caráter técnico e metodológico, que a DGPC tem vindo a elaborar e a editar sistematicamente na Coleção “Normas de Inventário” para Património Cultural Móvel.